ASPPAH solicita notificação de casos de anemia falciforme em JP

15 de Janeiro de 2009

 

A ASPPAH enviou no último dia 10 de janeiro ofício à secretária de Saúde do Município de João Pessoa, Roseani Meira, solicitando que seja implantada na rede pública da Capital a notificação compulsória de todos os eventos ambulatoriais ou hospitalares envolvendo pessoas com a doença falciforme. “A medida visa obter as primeiras estatísticas sobre a incidência do grave problema hematológico de saúde na nossa população. Esse é um direito do cidadão que não pode mais ser negado, visando forçar o poder público a tratar de forma especial as pessoas com anemia falciforme”, comenta Zuma Nunes, coordenador de divulgação da entidade. Os coordenadores Dalmo Oliveira, Zuma Nunes, Marcelo Cidalina e Flaviana Alencar realizaram reunião com a gerente da Vigilância Epidemiológica, Nadja Maria Rocha, e com a responsável pela Área Temática Saúde da Criança, da Secretaria de Saúde da PMJP, onde ficaram definidos os próximos passos na implantação de um programa de atenção especial às pessoas com a doença falciforme. No próximo dia 6/2 acontece uma reunião para a preparação de um primeiro evento de sensibilização com colaboradores e profissionais de saúde do PSF municipal. “A idéia é preparar primeiro a rede pública para receber e acompanhar os casos de portadores de anemia falciforme. Vamos atuar inicialmente nos postos das localidades onde já temos pessoas com a doença, constantes dos cadastros que nos foi repassado pelo Hemocentro e pelo HU da UFPB, que hoje são as principais referências no atendimento de pessoas com esse tipo de hemoglobinopatia”, diz Dalmo Oliveira, coordenador geral da ASPPAH. Os dois órgãos atendem hoje cerca de 100 pacientes em João Pessoa. A ASPPAH pretende atuar em duas frentes de trabalho em 2009. Uma com as pessoas que já convivem com a falcemia, outra com os recém-nascidos, para garantir acompanhamento adequado, diminuindo a morbimortalidade dos bebês que vêm ao mundo com a doença. “É urgente que a Secretaria de Saúde do Estado implante a segunda fase do teste do pezinho em toda a rede pública estadual para evitarmos os óbitos de mais crianças. O hospital Arlinda Marques, em Jaguaribe deve se tornar a referência hospitalar para as crianças com anemia falciforme. Precisa que a equipe seja preparada para receber esses casos. Lá também é onde estão as vacinas indispensáveis e especiais para os bebês com falcemia”, diz Oliveira.