Equipe do Arlinda Marques discute DF

25 de Abril de 2012

Coordenadores falaram sobre atividades da associação para médicos, enfermeiros e outros profissionais do Arlinda Marques (Foto: Dalmo Oliveira)

No último dia 16, os coordenadores da ASPPAH Marcelo Cidalina e Dalmo Oliveira participaram de um evento de sensibilização com a equipe multidisciplinar do Hospital Infantil Arlinda Marques, no bairro de Jaguaribe, na capital João Pessoa. O evento foi promovido pela gerência daquela Unidade de saúde e contou com palestra da médica pediatra Joacilda Nunes.

Antes da fala da pediatra, os ativistas explicaram um pouco sobre a trajetória e missão da associação. Marcelo e Dalmo explicaram também alguns detalhes a respeito dos direitos sociais das pessoas com doença falciforme. Oliveira respondeu questões relacionadas à seguridade social dos associados e discutiu ainda sobre o racismo institucional nos serviços públicos de saúde.

A gerente da Área de Saúde da População Negra da Secretaria de Saúde de João Pessoa, Dandara Correia, também participou do evento e falou um pouco sobre o trabalho de implantação do Programa de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme que a PMJP implementou ano passado.

“São momentos como esse que possibilitam o diálogo franco entre os profissionais de saúde e os representantes dos usuários do SUS. Esperamos que outras oportunidades assim ocorram e que nós sejamos chamados para colaborar com a discussão”, disse Cidalina. A Dra. Joacilda Nunes abordou vários aspectos da sintomatologia e dos tratamentos disponíveis para as pessoas acometidas por essa hemogolobinopatia. Ela é professora da UFPB, coordenadora do Curso de Medicina e também plantonista às terças-feiras no Arlinda Marques.

A pediatra Joacilda Nunes detalhou aspectos da doença (Foto: Dalmo Oliveira)


Hidroxiureia será produzido por laboratórios do governo federal

2 de Abril de 2012

O Ministério da Saúde está ultimando acertos com a Bristol do Brasil para a transferência de tecnologia visando a produção, pelo governo brasileiro, do medicamento Hidroxiuréia. A ideia inicial do MS é que laboratório da Aeronáutica passe a produzir o medicamento, essencial para pessoas com doença falciforme.

 

Representantes do ministério e da empresa farmacêutica multinacional já realizaram três reuniões e estão agora aguardando apenas uma posicionamento formal Bristol Internacional sobre a questão.
Segundo Joice Aragão, coordenadora do Programa Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme, o objetivo inicial do ministério é produzir Hidroxiuréia em cápsulas de 200mg. A gestora disse que é pretensão do governo que o medicamento também passe a ser produzido em forma líquida, para ser ministrado em crianças já no primeiro ano de vida. “Teremos que fazer estudos em seres humanos , isto é possível, mas, demorará mais tempo”, comenta a especialiasta.
Outra medida anunciada é que o ministério, pelas experiências exitosas que já teve, passe a fazer a compra centralizada e alterar o modo atual que é compra pelo estados e ressarcimento ao estado de R$ 0,85 centavos por comprimido. “Assim, os estados receberiam mediante cadastro de usuários. A compra desta forma reduz sensivelmente o preço do medicamento”, garante Joice.
Segundo dados do próprio Ministério da Saúde, o uso de HU por pessoas com doença falciforme triplicou nos últimos três anos. ”Ao centralizar a aquisição de medicamentos para doença falciforme, o ministério dá visibilidade à essa doença dentro de sua própria estrutura e isto como estratégia é muito bom para nós”, afirma Aragão.

Em 2010, vários estados brasileiros sofrem desabastecimento do medicamento. No Nordeste, Paraíba e Rio Grande do Norte foram os mais afetados e vários pacientes precisaram acionar a Justiça para garantir a entrega da HU pelos Serviços Especiais de Medicamentos Excepcionais nesses estados.