A coordenadora de Planejamento, Pesquisa e Formação da ASPPAH, Dinaci Tenório, participou, nos dias 10 e 11, no Hotel Barramares, em Piedade, Recife (PE), da Oficina de Orientação e Informação Genética em Herança Falciforme.
O evento contou com a participação de representantes de Secretarias de Saúde, Hemocentros, laboratórios, hospitais de Referência em Anemia Falciforme, da Associação de Portadores de Anemia Falciforme de Pernambuco e de mulheres de terreiros de Salvador, Fortaleza, Ceará, Recife, Campina Grande e João Pessoa. Segundo Dinaci, 13 pessoas da Paraíba participaram da oficina.
“Após a colhida e apresentação, o evento foi iniciado com explanação sobre o Centro de Diagnóstico, Pesquisa e Serviço de Referência em Triagem Neonatal”, diz Tenório. Helena Pimentel, Geneticista da APAE/Salvador explicou o que é a doença falciforme e o significado do projeto que ela está coordenando e das oficinas que vem sendo feitas em todas as regiões. “Ela falou dos detalhes da assessoria médica da triagem em Salvador”, relata.
Em seguida, Maria Cândida, que coordena o Programa de Atenção às Pessoas com Doença Falciforme em Salvador, e faz parte da coordenação da oficina, fez apresentação da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doença Falciforme. “Ela fez uma retrospectiva histórica de mais de 30 anos de luta e reivindicações de1985 a 2009”, diz Dinaci.
“Tivemos ainda a palestra da Dra. Ana Claudia, hematologista que falou sobre traço, doença falciforme, sintomas e complicações, além de exames e tratamento da doença falciforme”, comenta a coordenadora da ASPPAH. “Dra. Helena esclareceu a diferença entre orientação e aconselhamento e a importância da informação em todas as instâncias”, acrescenta.
Na seqüência, ocorreu um trabalho em grupo abordando as seguintes questões: Como é realizado no município/estado o aconselhamento, orientação e informação genética?; quais dificuldades enfrentadas para desenvolver esse trabalho?; Qual o papel do profissional na atenção básica no momento da orientação genética?: Como em que momento/situações deve ser fornecido a informação genética?; Qual é o papel do hemocentro na investigação de herança falciforme em doadores? Foi discutido ainda o papel da atenção básica em saúde no pré-natal, encaminhamento resultado do teste do pezinho de recém-nascidos com traço falciforme e o atendimento ao usuário identificado com quadro sugestivo de doença falciforme. “Logo após a plenária, fomos convidadas a fazermos avaliação do encontro por escrito e também expositiva a partir das palavras ‘que bom’, ‘que pena’ e ‘que tal’. Encerramos com o almoço”, finaliza Dinaci.